11.6.05




Não sou poeta solidária...
...que fala do povo que morre de fome e frio.
Ou poeta política.
Nem sou de palavras...
Minha poesia busca o silêncio,
ela quer essência...
Quase sou eu!
E quero o não buscar das cousas.
Renascer com um novo nome,
o sem-nome.
Ninguém sou eu!
Não me perguntem nada!
Esqueci das respostas.
Porque na verdade elas não existiam...
Olhei-me no espelho
e não fui poeta...
Também não fui Angélica, nem angélica.
Estava morando na rua...
Só e sem destino
avistava o vazio em todos os lados que passava
Eu andava...
Flutuava, quase voava
Estou em mim!
Em mim para mim.